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467 anos de São Paulo – Comemorando de Triumph Street Twin

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Por Eliana Malizia

Para comemorar os 467 anos de São Paulo, escolhi o local mais inglês de Sampa, para contar um pouco de história pra vocês. Lugar que milhares de pessoas passam em frente todos os dias, e não sabem nada sobre. E claro, fui de inglesinha clássica, a Triumph Street Twin para compor o cenário com elegância e sentido.

 

Foto: Fernanda Cristiane de Lima

A Estação da Luz, localizada na cidade de São Paulo, chama a atenção pela sua arquitetura que lembra grandes obras inglesas.

A semelhança não é coincidência, já que o arquiteto responsável pelo projeto foi um britânico. Além disso, todos os materiais usados na obra da Estação da Luz foram trazidos da Inglaterra.

O que muita gente não sabe é que o famoso prédio que conhecemos hoje não foi a primeira Estação da Luz.

 História

A Estação da Luz foi aberta ao público no dia 1º de março de 1901.

Para contar sua história, precisamos voltar no ano de 1867, na inauguração da primeira ferrovia construída na cidade, a São Paulo Railway Company (SPR).

Financiada com capital inglês, a ferrovia com 159 km ligava o município de Santos ao de Jundiaí, tendo como ponto de passagem a cidade de São Paulo.

Ela também cruzava os municípios de Cubatão, Santo André (Paranapiacaba), Rio Grande da Serra, Ribeirão Pires, Mauá e São Caetano do Sul.

Diante desse contexto, a cidade de São Paulo precisava de uma estação que fizesse uma conexão entre às fazendas de café paulistas e o Porto de Santos. É aí que surge o projeto da Estação da Luz.

Mas a primeira Estação da Luz não ficava situada no mesmo local que está hoje. De acordo com registro da época, ela ficava um pouco além da atual avenida Prestes Maia, em um terreno situado próximo ao endereço atual.

Foto: Fernanda Cristiane de Lima

Alguns anos depois, mais precisamente em 1888, o prédio da Estação da Luz foi derrubado e outro maior foi feito em outro local, dessa vez entre as atuais ruas Florêncio de Abreu e avenida Cásper Líbero.

O objetivo era atender à demanda cada vez maior de passageiros e mercadorias que embarcavam e desembarcavam na Estação da Luz.

Segunda Estação da Luz, por volta de 1890 (foto: estacoesferroviarias.com.br)

Já em 1900, foi feita a terceira Estação da Luz, localizada no mesmo endereço até hoje. Não houve inauguração da nova unidade, pois o tráfego de pessoas foi sendo transferido aos poucos.

Estação da Luz: construção da atual Estação da Luz em 1899 (foto: estacoesferroviarias.com.br)
 
 
Estação da Luz: construção da terceira estação (foto: Pinterest)
 

Nesse período, todas as personalidades ilustres que iam à São Paulo eram obrigadas a desembarcar na Estação da Luz. Empresários, intelectuais, políticos e até mesmo reis eram recepcionados em seu saguão e se despediam lá.

A Estação da Luz também foi a porta de entrada para os imigrantes, que trouxeram o crescimento para a região do Bom Retiro.

Estação da Luz: passageiros na estação

Mas a partir dos anos 40, o transporte ferroviário começou a perder força para outros meios de transporte que despontavam, como avião, ônibus e carro.

Diante desse contexto, o bairro da Luz e a estação começaram a se degradar, perdendo seu status.

Em 1947, a Estação da Luz foi nacionalizada com o nome de Estrada de Ferro Santos-Jundiaí (EFSJ)

Mesmo com a degradação, em 1982 a Estação da Luz foi tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico (Condephaat), comprovando sua importância para a arquitetura da cidade.

Nas décadas de 1990 e 2000, a Estação da Luz passou por uma série de reformas. Uma delas foi projetada por Paulo Mendes da Rocha e seu filho Pedro Mendes da Rocha.

O objetivo principal foi adaptá-la para receber o Museu da Língua Portuguesa.

Foto: Fernanda Cristiane de Lima

Paulo Mendes da Rocha também é o responsável pela reforma da Pinacoteca de São Paulo, localizada em frente à Estação da Luz.

Com mais de 150 anos de história, a Estação da Luz é a segunda mais movimentada da rede metroviária de São Paulo, perdendo apenas para o Brás.

Trata-se de umas das principais estações de transferência da cidade, recebendo cerca de 147 mil passageiros por dia.

A exuberante arquitetura da Estação da Luz

Agora que você conhece a história da Estação da Luz, vamos falar sobre sua arquitetura, uma das mais belas do centro de São Paulo.

A obra ocupa 7,5 mil m² do Jardim da Luz e encanta a todos que passam pela região.

A Estação da Luz chegou a ter dois endereços antes de ser transferida para o local que conhecemos hoje.

Foto: Fernanda Cristiane de Lima

Sua primeira edificação era muito simples, constituída de um pequeno bloco com um pavimento que ficava localizado na lateral da linha do trem.

Com o crescimento do número de passageiros que usavam a linha para se transportar entre as cidades, houve a necessidade de aumentar a plataforma da Estação da Luz.

Ela passou a contar com dois pavimentos, com linhas neoclássicas, cobertura em ferro na entrada da edificação e nas plataformas, sendo construída sobre a estação anterior.

Foi só no final do século XIX que começou a construção da Estação da Luz como a conhecemos hoje.

O projeto da Estação da Luz, de estilo neoclássico, é atribuído ao arquiteto britânico Charles Henry Driver. Ele era considerado especialista em estações ferroviárias.

Todo o material utilizado na construção foi exportado exclusivamente da Inglaterra, desde os pregos até a estrutura de aço usada na cobertura.

A Estação da Luz é composta por dois blocos distintos. O primeiro é uma ampla edificação com o famoso relógio que lembra o Big Ben de Londres.

Com dois pavimentos, esse bloco da Estação da Luz também abrigava os escritórios da superintendência, engenharia e contadoria.

As duas torres paralelas e quadradas no estilo gótico foram inspiradas na Abadia de Westminster, localizada em Londres.

Em 2006, foi inaugurado na Estação da Luz o Museu da Língua Portuguesa. O projeto é de Paulo Mendes da Rocha e seu filho, Pedro Mendes da Rocha.

A obra devolveu o status de ponto turístico para a Estação da Luz, tornando a região um espaço de cultura e lazer.

Foto: Fernanda Cristiane de Lima

 

Descubra 3 curiosidades sobre a Estação da Luz

 

1- Viagem inaugural acabou em tragédia

A Estação da Luz teve sua inauguração marcada para 1865, mas um acidente mudou os planos.

Durante a primeira viagem rumo a São Paulo, o trem descarrilou e o maquinista morreu. Vários passageiros ficaram feridos, incluindo o Barão de Itapetininga, um dos mais importantes empresários paulistas da época.

Diante do fato, a Estação da Luz só foi inaugurada oficialmente dois anos depois.

2- Os incêndios na Estação da Luz

Em 2015, a Estação da Luz sofreu um incêndio que destruiu o Museu da Língua Portuguesa. Mas essa não foi o único.

Em 1946, quando chegava ao fim a concessão da linha aos ingleses, a Estação da Luz sofreu seu primeiro incêndio.

Durante o processo de reforma, foi incluído mais um pavimento em uma das alas do edifício principal.

Estação da Luz: incêndio destruiu Museu da Língua Portuguesa

3- Saguão restaurado

Como parte da reforma do Museu da Língua Portuguesa, o saguão da Estação da Luz também foi restaurado em novembro de 2019.

A FOTÓGRAFA

Para esta pauta, fui fotografada pela Fotógrafa e Radialista Fernanda Cristiane de Lima, que tem uma Triumph Bonneville T120 black 2019, e ela me contou sobre a escolha da sua Triumph.

Fernanda no dia do ensaio na Estação da Luz

” Primeiro de tudo , o estilo da moto me chamou atenção,  acredito que não chama tanta atenção da bandidagem e essa foi a primeira questão que me levou a olhar pra essa moto especificamente, e poder andar mais tranquila.Antes de escolher a T120,  Li muito sobre o modelo, assisti infinitos vídeos sobre ela, em diversos canais do YouTube. Li muito mesmo. E em uma oportunidade em um evento que teve em uma concessionária da Triumph,  a Autostar  fiz o teste ride , e foi ali que me apaixonei pela Bonneville , esse foi o fator decisivo pra escolher o modelo. O torque me impressionou, a facilidade pra fazer curvas, e o fato de ir de boa nos corredores me animaram muito, pilotava durante a semana pra ir ao trabalho  percorria  70 km por dia e aos fins de semana fazia viagens curtas, bate e volta de até 400km Moto ideal pra mim.”

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