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Viagens

Viagem de trem e moto, acelerando a nova Harley-Davidson Road Glide Special

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Motociclistas sabem muito bem como é,  a gente faz novos amigos o tempo todo, pelas redes sociais, encontros e principalmente na estrada. E comigo não é diferente; tenho amigos por todo canto do Brasil. E…estava eu em Balneário Camboriú – SC,  no evento National H.O.G. Rally, e encontrei uma amiga virtual, a  Stephanie Rosa.. como eu iria parar em Curitiba antes de retornar para minha cidade, São Paulo, convidei a nova amiga para me acompanhar, e não é que ela topou?

E e lá fomos nós!

Aceleramos sem pressa, curtindo a estrada, o vento e as motos, afinal , eu a bordo de uma Harley-Davidson Road Glide Specal 107, e a Sté ( assim que passei a chama-la), de HD 883.

Foram 220km de curtição até Curitiba, estrada em ótimo estado, com direito a uma paradinha na serra de Joinville para comprar Pinhão fresquinho! É, coisa de turista mesmo!

Legal contar:

Na estrada, um motociclista cavalheiro pilotando uma HD Street Glide surgiu na nossa frente, e gentilmente pagou a nossa passagem, o que facilitou a vida , afinal, é sempre um saco tirar as luvas pra fazer o pagamento. E sim meninos, podem continuar sendo gentis, ainda tem muita mulher que admira e agradece. Eu sou uma delas, e foi o que fiz, agradeci o amigo da moto e continuamos nosso role, feliz e me sentindo amada com o pequeno gesto.

Um pouco antes de chegar em Curitiba, pegamos 20km de congestionamento daqueles  bem bravos, eu fui abrindo caminho com a Road Glide, e mesmo entre carros e corredores, a moto mandou super bem! Só pra lembrar, o guidão não é fixo no “morcego”, o que facilita muito a pilotagem em baixa velocidade, são se sente o peso da frente, é incrível!

Chegamos em Curitiba

Deixamos bagagem, e nem descansamos, fomos logo bater perna pelo centro histórico, são bares e restaurantes numa pegada mais alternativa. A arquitetura, ruas estreitas e calçadas de paralelepípedos nos fez lembrar da Cidade de Ouro Preto, alias, foi até mesmo uma observação da Sté.

Bacana que da pra conhecer tudo caminhando; Mesquita de Curitiba, Solar do Barão, Palacete Tigre Royal, Praça Garibaldi, Igreja da Ordem, Teatros e muito mais.

A Estrada Mágica

O grande objetivo da parada em Curitiba era fazer o famoso passeio de trem. Mas tínhamos dois dias  de “folga”, então bolei um roteiro dos melhores lugares para conhecer em Curitiba e redondezas;  sugeri para o primeiro dia  irmos até a estrada da Graciosa.  De Curitiba até o Portal onde se inicia a estrada da Graciosa, são 40km.
Chegamos no portal, paramos para alguns cliques e logo partimos para a aventura e acelerar de boa, pela famosa estrada, uma das mais bonitas que conheço. Sim, eu já passei por ela algumas vezes e pretendo repeti-la por  muito mais.

O que muitos turistas fazem é parar  na cidade onde a estrada termina, Morretes e voltar para Curitiba pela rodovia. Mas…como faria a parada em Morretes com o passeio de trem, resolvi curtir o máximo da graciosa e voltei para Curitiba por ela mesmo. Foram 80kms aproveitando cada segundo, sensações, perfumes.

A Road Glide vem com um possante multimídia, aproveitei então para ouvir na estrada a música, “ I’m like a Bird” da Nelly Furtado. Ah, e você pode dizer que é música de coxinha, ou de menina,  mas foi a trilha da vez. A música me fez  meditar,  me emocionar, muita coisa boa me passou pela cabeça,   aquela sensação de liberdade,  de me sentir viva, poder sentir o vento…de voar. A estrada da Graciosa tem uma beleza exuberante e  uma energia  inexplicável.  Ela é mágica!

Paramos num mirante, e quando tirei o capacete, com olhos inchados, a Sté me contou que se emocionou bastante e que mesmo distante pode ouvir a música que tocava na minha moto.

Trecho da música “Eu sou como um pássaro, eu simplesmente voarei embora
Não sei onde está minha alma, não sei onde está meu lar.
(e baby só preciso que você saiba que).
Eu sou como um pássaro, eu simplesmente voarei embora
Não sei onde está minha alma, não sei onde está meu lar.
Só preciso que você saiba que
Sua confiança em mim me faz chorar”.

Mais um dia livre

Dia livre que nada, fomos dar role pela cidade de Curitiba. Começamos com um café da manhã na Ópera de Arame. Calibradas e cheio de energia, seguimos para uma caminhada no parque da Tanguá,  depois uma visita na UNILIVRE e por fim, nos despedimos  da luz do dia apreciando o por do sol no jardim botânico. Fantástico!

O Parque Tanguá; com um mirante a 65m de altura, cascata e um grande jardim em estilo francês com canteiros de flores e espelhos d’água. Vale ficar por horas lá, mas vá prevenido, os borrachudos nos fizeram a festa.

UNILIVRE; Localizada no Bosque Zaninelli.No local,  uma pedreira desativada, meio de um bosque com várias espécies de aves e um lago de carpas.

A sede da Unilivre é basicamente uma torre de madeira que integra-se ao meio ambiente. Foi construída com troncos de eucalipto (vigas e pilares) e complementada com imbuia, cambará, cedro e vidro.

O passeio de Trem

Chegamos na  Serra Verde Express pontualmente,  6h30 da manhã pra poder transportar as motos no vagão. É preciso levar 4 cintas para prender a moto e fique tranquilo, lá tem funcionários para ajudar.
As 8h horas partimos com destino à Morretes. Escolhemos o vagão “camarote”, com serviço de bordo, e direito a café da manhã ( R$352,00 por pessoa, mais R$35,00 por moto). Valeu cada centavo; são 3 horas de passeio; apreciando as belezas da Mata Atlântica. Foi  enriquecedor  viajar por uma ferrovia com 130 anos de história entre Serra antiga do mar.

Ao longo do trajeto você passará por 13 túneis, os vagões são da década de 60.

Uma das passagens, é  pelo Viaduto do Carvalho, com 86 metros de extensão ele foi construído sob seis pilares de alvenaria fixados na rocha. Ele é o resultado de um acidente durante a sua construção e foi graças a ele que temos uma vista maravilhosa do local. Além disso, quando o trem passa pelo Viaduto você não vê os trilhos, dando a sensação de estar nos ares por alguns segundos!

Fiz mais amigos motociclistas: Daia, Marquinhos, e o Argentino Léo.

Chegando em Morretes , retiramos as motos do vagão e fomos degustar o famoso Barreado, passear pelo centro, jogar conversa fora. Retornarmos pela rodovia principal até Curitiba ) média de 60km.

Mas lembra-se, você pode voltar pela estrada “mágica”, a Estrada da Graciosa.

Porque optar  levar a moto no trem?

A volta de trem é ainda mais longa que a ida, são mais de 3 horas. E um passeio que pode ser prazeroso pode se tornar muito cansativo. Por isso, levar a moto como “bagagem”rs, é a melhor opção.

Sabe aquelas viagens que você não quer que acabe nunca?  Pois é, esta foi uma delas. Mas como tudo que é bom acaba logo, tive que me despedir dos novos amigos e partir sozinha para minha Cidade. Mas…voltei em ótima companhia, acelerando a grande e levíssima de “tocar”, a Road Glide Special, cantarolando e sempre atenta; foram 300km de estrada em ótimo estado, e mais 100km de trechos com alguns buracos e bastante caminhão. Cheguei em Sampa feliz e com mais boas lembranças, histórias pra contar, e pinhão pra cozinhar…

Lugares para motociclistas em  Curitiba;

Street 444
Distrito
Rider
1903 Motos

Sobre o trem

Bacana entrar em contato e ver a disponibilidade do vagão para levar as motos , é preciso chegar cedo. Whatsapp para contato; Serra Verde Express – 41 8867-8022

Dica

Cuidado ao procurar no GPS pelo caminho pra Estrada da Graciosa, na região de Curitiba há uma rua chamada “Rua Estrada da Graciosa” e o seu aparelho pode te guiar para lá!

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