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Direto de Londres: APRESENTADO O CALENDÁRIO PIRELLI 2016, DE ANNIE LEIBOVITZ

O Calendário Pirelli 2016 foi apresentado hoje à imprensa, convidados e colecionadores do mundo inteiro no Roundhouse, antigo prédio industrial que, na década de 1960, foi um dos templos do rock na capital britânica.A 43ª edição do Calendário Pirelli foi criada por uma das mais célebres fotógrafas e retratistas americanas…

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00Pirelli Calendar 2016 - Foreword - YAO CHEN 04 Pirelli Calendar 2016 -April - SERENA WILLIAMS 11 Pirelli Calendar 2016 - November - PATTY SMITH 12 Pirelli Calendar 2016 -December - AMY SCHUMER   O Calendário Pirelli 2016 foi apresentado hoje à imprensa, convidados e colecionadores do mundo inteiro no Roundhouse, antigo prédio industrial que, na década de 1960, foi um dos templos do rock na capital britânica.A 43ª edição do Calendário Pirelli foi criada por uma das mais célebres fotógrafas e retratistas americanas, Annie Leibovitz, que realizou o trabalho no último mês de julho em seu estúdio de Nova York.

Leibovitz também é a criadora do Calendário Pirelli 2000, que destacava as dançarinas do coreógrafo Mark Morris. As fotos de 2000 compuseram a primeira série de nus de sua carreira.O Calendário Pirelli 2016 destaca 13 mulheres de notáveis conquistas profissionais, sociais, culturais, esportivas e artísticas: a atriz Yao Chen, primeira chinesa Embaixadora da Boa Vontade do Alto Comissariado da ONU para Refugiados, a top model russa Natalia Vodianova, fundadora da instituição de caridade Naked Heart Russia; a produtora Kathleen Kennedy, presidente da Lucasfilm e uma das figuras mais influentes de Hollywood; a colecionadora e compradora de arte Agnes Gund (com a neta Sadie Rain Hope-Gund), Presidente Emérita do Museu de Arte Moderna em Nova York; a tenista Serena Williams, número um do mundo; a formadora de opinião, crítica e escritora Fran Lebowitz; a presidente da Ariel Investments, Mellody Hobson, que apoia projetos de caridade em Chicago; a diretora de cinema Ava DuVernay, que fez, dentre outros, Selma, indicado para o Oscar de Melhor Filme em 2015; a blogueira Tavi Gevinson, fundadora da Style Rookie e da revista online Rookie; a artista visual iraniana Shirin Neshat; a artista, música e performer Yoko Ono; a cantora Patti Smith, uma das maiores estrelas do rock de todos os tempos; e a atriz e comediante stand up Amy Schumer.

As idades e as origens das mulheres variam muito e as carreiras também. Conforme os primeiros Calendários da década de 1960 e, mais recentemente, com o Calendário 2002 de Peter Lindbergh, ou o 2008 de Patrick Demarchelier e o 2013 de Steve McCurry, não houve nu algum.“O calendário 2000 foi um exercício de fotografar nus. Era um conceito simples”, diz Leibovitz. “Para 2016, nós fizemos algo completamente diferente, mas ainda simples. É um conjunto clássico de retratos em preto-e-branco feito no estúdio.”“Quando a Pirelli me telefonou, disseram que queriam iniciar do passado.

Sugeriram que fotografasse mulheres ilustres. Após termos concordado com isso, o objetivo era ser muito simples. Eu queria que as imagens mostrassem as mulheres exatamente como elas são, sem nenhuma pretensão.”“Sou uma grande admiradora de comediantes. O retrato de Amy Schumer acrescentou um pouco de diversão. É como se ela não tivesse recebido o memorando dizendo que ela podia permanecer vestida.

A apresentação da edição de 2016 enriquece o novo site (www.pirellicalendar.com) dedicado ao Calendário Pirelli com conteúdo inédito: vídeos, fotografias e entrevistas para contar a sua história. Na ocasião do lançamento, há um vídeo que apresenta o Calendário Pirelli 2016 de Annie Leibovitz e uma seleção de fotos que será acrescentada ao generoso material do arquivo, inclusive algumas imagens inéditas que, agrupadas em décadas, fazem um apanhado de meio século da evolução de costumes sociais, de 1963 até o presente.O site é composto de três seções: The Cal 2016, Ícones e Máquina do Tempo.

Assim como a seção “The Cal 2016” é dedicada à última edição, a área “Máquina do Tempo” inclui imagens de edições anteriores e um resumo de vídeos de bastidores agrupados em décadas. Uma verdadeira viagem virtual pela evolução da estética e dos costumes sociais não só por meio do olhar dos fotógrafos mais renomados do mundo como também de comentários que ajudam a contextualizar os vários períodos a partir de uma ótica histórico-política!

Desde já, é possível viajar online pelos anos mais recentes e também pelas décadas de 60, 70 e 80; enquanto as de 90 e 00 vão ser publicadas em breve.A digitalização e a reconstrução histórica relativas a alguns dos materiais serão gradativamente concluídas por meio da perícia do fotógrafo e colecionador Amedeo M. Turello que, junto com Walter Guadagnini, já foi curador da exposição intitulada “Form & Desire – The Cal, Collezione Pirelli”, com patrocínio da prefeitura de Milão e organização de Gamm Giunti e Palazzo Reale, local onde foi realizada. Na seção Ícones, você pode espiar as biografias de muitas celebridades em campos como arte, cultura, entretenimento, moda, esporte e música: Roberto Bolle, Candice Huffine, Tommy Hilfiger, Marc Newson, e muitos outros.

BIOGRAFIA ANNIE LEIBOVITZ

Annie Leibovitz começou a carreira em 1970 como fotojornalista para a Rolling Stone, enquanto ela ainda estudava no San Francisco Art Institute. Desde esta época, as suas fotos apareceram regularmente nas capas de várias revistas. Seu trabalho amplo e inédito inclui alguns dentre os retratos mais famosos da nossa época. O primeiro trabalho importante foi uma capa sobre John Lennon.

Em 1973, Annie torna-se a principal fotógrafa da Rolling Stone e, dez anos após ter deixado a revista, ela tinha realizado cento e quarenta e duas capas e publicado ensaios fotográficos a respeito de dezenas de histórias, entre as quais as narrações sobre as demissões de Richard Nixon e sobre a turnê de 1975 dos Rolling Stones. Em 1983, quando entrou para a renascida revista Vanity Fair, confirmou a sua condição de maior fotógrafa de rock e hábil documentarista da sociedade.

Na Vanity Fair, e a seguir na Vogue, ela desenvolveu um grande trabalho — retratou estrelas e diretores de cinema, escritores, músicos, atletas e personalidades do mundo político e empresarial, além de fotos de moda— que veio a ampliar o seu retrato coletivo da vida contemporânea. Além do trabalho de redação, criou campanhas publicitárias que tiveram grande influência, entre as quais os retratos para a American Express e a Gap, pelas quais ganhou vários prêmios.

Colaborou ainda com muitas organizações artísticas. Annie Leibovitz tem um interesse especial por dança, e, em 1990, retratou a criação do White Oak Dance Project com Mikhail Baryshnikov e Mark Morris. Foram publicadas várias coletâneas de seus trabalhos, entre as quais Annie Leibovitz: Photographs (1983); Annie Leibovitz: Photographs 1970–1990 (1991); Olympic Portraits (1996); Women (1999), em colaboração com Susan Sontag; American Music (2003); A Photographer’s Life, 1990-2005 (2006); Annie Leibovitz at Work (2008), comentários em primeira pessoa sobre sua carreira;  Pilgrimage (2011); e uma edição limitada da coleção em formato gigante de suas fotos publicada pela Taschen (2014). Museus e galerias do mundo inteiro organizaram mostras sobre o seu trabalho, entre as quais a National Portrait Gallery e a Corcoran Gallery em Washington, D.C.; o International Center of Photography em Nova York; o Brooklyn Museum; o Stedelijk Museum em Amsterdão; a Maison Européenne de la Photographie em Paris; a National Portrait Gallery em Londres; o museu Hermitage de São Petersburgo; e o Pushkin State Museum of Fine Arts de Moscou.

Annie Leibovitz recebeu muitas honras entre as quais, em 2006, o título de Commandeur de l’Ordre des Arts et des Lettres do governo francês. No ano anterior, a Sociedade Americana dos Editores de Revistas (ASME) fez uma lista das quarenta melhores capas de revistas dos últimos quarenta anos, e Annie ganhou os dois primeiros lugares (n. 1 pela fotografia de John Lennon e Yoko Ono realizada para a Rolling Stone no dia de seu assassinato, e n. 2 pelo retrato de Demi Moore grávida na Vanity Fair).

Em 2009, foi homenageada com o Prêmio do International Center of Photography, com primeiro Prêmio de excelência criativa do ASME, e com a Centenary Medal da Royal Photographic Society de Londres. Em 2012, ganhou o Prêmio das mulheres que se notabilizaram no campo da arte do Los Angeles Museum of Contemporary e do Wexner Prize. Em 2013, recebeu o Prêmio Príncipe das Astúrias da Comunicação e das Humanidades e, em 2015, foi a primeira a receber o Contemporary Vision Award do Museu de Arte Moderna de São Francisco. Annie Leibovitz foi nomeada Lenda Viva pela Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos. Mora em Nova York com as três filhas, Sarah, Susan e Samuelle.


 

PROTAGONISTAS DO CALENDÁRIO PIRELLI 2016

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PREFÁCIO – YAO CHEN

Yao Chen tem mais de setenta milhões de seguidores nas mídias sociais na China, o que a coloca no extrato mais elevado dos astros da cultura pop no mundo, podendo até ser a pessoa mais famosa do planeta. Ela é uma atriz de cinema e TV cujas primeiras postagens surgiram em 2009, logo após ao lançamento do site chinês de microblogging Weibo.

Acontece, conforme ela explicou para uma plateia no Fórum Econômico Mundial, que Yao tinha jeito para a coisa. Alcançou bastante popularidade por conta das suas atuações em comédias românticas, e, em 2013, já tinha se tornado tão influente que foi nomeada primeira chinesa Embaixadora da Boa Vontade do Alto Comissariado da ONU para Refugiados.

Os fãs a admiram por sua humildade e sinceridade. Ela fala da “responsabilidade social por ser uma celebridade”. Por isso, conhece refugiados do Mianmar, da Somália e da Síria, e divulga a luta deles ao mesmo tempo em que atrai atenção para as vítimas da injustiça.

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JANEIRO – NATALIA VODIANOVA

Natalia Vodianova fundou uma ambiciosa organização filantrópica quando ainda era relativamente jovem, aos vinte e dois. Tinha começado a trabalhar como modelo aos dezoito e logo começou a se apresentar em inúmeras passarelas, a sair em capa de revistas e a aparecer em cartazes. Assinou um contrato multimilionário de vários anos com a Calvin Klein, casou-se e teve o primeiro filho, tudo isso antes dos vinte anos de idade.

Agora, tem quatro filhos, contratos de design e endosso, mais capas de revistas e muitos prêmios. Mas há um passado sombrio por trás desse sucesso. Natalia nasceu pobre numa cidade industrial da União Soviética. Tanto o pai quanto o padrasto abandonaram a família. A mãe ficou só, criando Natalia e sua meia irmã mais nova, que tem paralisia cerebral. Desde os sete anos, Natalia cuidava da irmã e ajudava a mãe a vender frutas no mercado negro.

Um caçador de talentos para uma agência de modelos francesa em visita à Rússia mudou o curso de sua vida. A Naked Heart Foundation, que Natalia montou em 2004, é produto de suas primeiras experiências. A fundação constrói áreas de lazer infantil em bairros pobres da Rússia, providas de acesso para crianças com dificuldades. Também ajuda crianças com necessidades especiais a ficar com suas famílias, faz lobby junto ao governo russo para defender leis de proteção a crianças com dificuldades e apoia outros projetos para atendê-las. Natalia se envolve com esse trabalho colocando a mão na massa e tomando decisões cotidianamente, participando de inaugurações de pracinhas, dando palestras nos fóruns patrocinados pela fundação e realizando eventos para angariar fundos, que refletem seus formidáveis talento e rede de contatos.

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FEVEREIRO – KATHLEEN KENNEDY

Kathleen Kennedy é presidente da Lucasfilm, que foi fundada por George Lucas em 1971. A Lucasfilm é a sede das franquias de Guerra nas Estrelas e Indiana Jones. Kennedy foi escolhida por Lucas para substituí-lo à frente da empresa na primavera de 2012. Uma das produtoras de maior sucesso em Hollywood, esteve associada ao diretor Steven Spielberg durante a maior parte da sua carreira. Seu primeiro crédito de produção foi para o filme E.T. – O Extraterrestre, de Spielberg, em 1982. Ela e o futuro marido, Frank Marshall, tinham formado uma produtora junto com Spielberg no ano anterior. Em 1992, ela e Marshall fundaram a Kennedy/Marshall Company. Kathleen já produziu ou foi produtora executiva de mais de sessenta filmes, inclusive A Cor Púrpura, a série Jurassic Park, a trilogia De Volta para o Futuro, A Lista de Schindler e Lincoln. A Lucasfilm foi vendida para a Walt Disney Company pouco depois de sua entrada. Seu primeiro projeto na presidência da empresa foi o sétimo filme da Guerra nas Estrelas, O Despertar da Força. Kathleen Kennedy é membro do conselho de dirigentes e do conselho de curadores da Academy of Motion Pictures Arts and Sciences.

MARÇO – AGNES GUND e SADIE HOPE-GUND

Agnes Gund e Sadie Rain Hope-Gund compartilham um interesse comum pelas artes. Agnes Gund é avó de Sadie e também destacada colecionadora e compradora de arte. Sadie frequenta a Brown University, em Providence, Rhode Island, onde estuda fotografia e mídia. A família Gund apoia as artes há quatro gerações. O pai de Agnes, George Gund II, foi um banqueiro e empresário que expandiu a fortuna da família em Cleveland, Ohio, e criou a Fundação Gund para projetos filantrópicos. Agnes foi presidente do conselho do Museu de Arte Moderna em Nova York de 1991 até 2002 e, agora, é presidente emérita e presidente do conselho internacional no MoMA. Também é presidente do MoMA PS1. Ela participa do conselho de muitas outras organizações de arte, que incluem o Fundo J. Paul Getty, a Coleção Frick e a Fundação Robert Rauschenberg. Sua Fundação AG doa alguns milhões de dólares por ano a instituições culturais e a organizações de mulheres. Em 1977, ela fundou o Studio numa Escola, que traz artistas profissionais para escolas públicas da cidade de Nova York para dar aulas de artes visuais. Gund é uma das colecionadoras mais importantes da arte moderna e contemporânea. Ela doou, ou prometeu doar grande, parte do seu acervo para museus. Em 1997, foi premiada com a National Medal of Arts.

ABRIL – SERENA WILLIAMS

Serena Williams incorpora estilo, potência, beleza e coragem. Classificada como a melhor tenista do momento, Serena superou obstáculos praticamente insuperáveis para ganhar 21 Grand Slams na sua carreira. Ela e a irmã, Venus, mudaram a maneira de se jogar o tênis feminino. Antes da sua chegada ao esporte, o saque da mulher servia para dar início ao jogo, mas agora é um exercício de potência agressiva. Serena é uma jogadora rápida, atlética e determinada. Sua formação para o tênis, no mínimo, foge ao convencional. As irmãs Williams foram criadas em Compton, subúrbio localizado logo ao sul do centro da cidade de Los Angeles e famoso como sede do gangsta rap. Aprenderam a jogar nas quadras públicas do bairro, onde receberam orientação básica dos pais, que não tinham experiência alguma com o tênis. Em fevereiro de 2002, Venus Williams se tornou a primeira afro-americana a chegar ao topo no tênis. Naquele mesmo ano, Serena bateu Venus em Wimbledon, e assumiu a primeira posição com apenas vinte anos de idade. Ganhou  títulos em todos os torneios Grand Slam, inclusive 66 campeonatos simples, 22 campeonatos em duplas e foi Medalhista de Ouro nos Jogos Olímpicos de 2000 (duplas), 2008 (duplas) e 2012 (simples e duplas). Vale dizer que Serena Williams é uma força no tênis há quase duas décadas. Fora isso, a moda é uma das suas paixões. Você a encontra na HSN, destacando-se com a Serena Williams Signature Statement, coleção assinada pela própria tenista. Ela é também Embaixadora da Boa Vontade da UNICEF, com interesse especial pela educação e prevenção contra violência em comunidades. Além disso, o Fundo Serena Williams foi criado para realizar o seu trabalho de filantropia nos Estados Unidos.

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MAIO – FRAN LEBOWITZ

Fran Lebowitz é uma habilidosa comentarista social, embora sua prática seja bastante incomum. Ela não tem programa na TV nem coluna em jornal, tampouco mantém qualquer fórum regular. Foram publicados três livros de seus ensaios: Metropolitan Life (1978), Social Studies (1981) e The Fran Lebowitz Reader (1994). A maioria de suas observações nos últimos trinta anos tem se disseminado por meio de entrevistas conduzidas com ela por terceiros e de palestras para estudantes universitários. Seus comentários são espirituosos – normalmente frases arrasadoras, curtas e impactantes, embora ela não tenha dificuldade alguma em falar durante períodos prolongados. Em 2010, Martin Scorsese fez um documentário de longa-metragem sobre Fran, Public Speaking, onde ela engata em demorados discursos. Seu ponto de vista é o de uma nova-iorquina deliberadamente provinciana, contestadora, fundamentada, desdenhosa das regras de proibição ao fumo e de grande parte da tecnologia moderna.

Na verdade, Fran Lebowitz nasceu em Nova Jersey, mas mora em Manhattan desde os dezessete anos de idade. Fugiu da faculdade e virou motorista de táxi, e ainda arranjou um emprego como chofer de roqueiros. Depois, começou a escrever uma coluna, I Cover the Waterfront, para a revista Interview, de Andy Warhol, e ensaios para a Mademoiselle. Esse é o trabalho nas suas coleções. Lebowitz é figura conhecida em Manhattan. Quase sempre usa paletó masculino preto feito sob medida, camisa branca com abotoaduras e calça jeans. Poderia ser considerada uma figura cult, a não ser pelo fato de seus livros serem campeões de vendas e de ela ter um público imenso, talvez por estar sempre sendo convidada para programas de televisão tarde da noite. Há muitos anos, dizem, ela está escrevendo um romance, embora sofra – como a própria reconhece – de um enorme bloqueio. De qualquer forma, é provável que ela mesma seja a sua criação mais interessante.

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JUNHO – MELLODY HOBSON

Mellody Hobson é presidente da Ariel Investments, uma empresa de gestão de recursos financeiros, de Chicago. Está na empresa desde 1991, quando se formou na Escola Woodrow Wilson de Relações Internacionais e Políticas Públicas de Princeton. Foi criada em Chicago, caçula numa família de seis irmãos criados por mãe solteira com dificuldades financeiras. Um de seus muitos interesses filantrópicos é a alfabetização financeira e a formação do investidor. Em 1996, a Ariel Investments se tornou patrocinadora da Ariel Community Academy, escola pública na zona sul de Chicago que oferece formação em finanças junto às matérias acadêmicas de praxe. Mellody e o marido, o cineasta George Lucas, fazem vultosas contribuições para os Laboratórios Acadêmicos da Universidade de Chicago e para a After School Matters, uma organização que proporsiona ensino extracurricular aos alunos do ensino secundário nas áreas de artes, ciências, esportes, tecnologia e comunicação. Ela é a Presidente do Conselho da DreamWorks Animation e tem participação nos conselhos da Estée Lauder e do Starbucks. Também presta contribuições regulares para a CBS News em assuntos financeiros e tendências econômicas. Foi uma das primeiras a apoiar Barack Obama e atuou em campanhas para arrecadar fundos durante as campanhas eleitorais.

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JULHO – AVA DUVERNAY

Ava DuVernay é uma afro-americana que dirige cinema em Hollywood. Poucos são os afro-americanos ou as mulheres que se encontram entre os diretores em Hollywood, e DuVernay começou noutra área do ramo. Foi criada em Los Angeles, frequentou a UCLA, trabalhou como publicitária para a indústria do cinema e abriu sua própria agência de marketing e distribuição. Teve uma breve atuação num duo de RAP durante a faculdade e seu primeiro filme foi um documentário sobre a comunidade do hip-hop da qual fazia parte, que custou 10.000 dólares. Ava escreveu e dirigiu o primeiro filme narrativo de longa metragem, I Will Follow, baseado na experiência que teve cuidando de uma tia moribunda. Em 2012, recebeu o prêmio do Festival Sundance de Cinema como melhor diretora de drama feito nos EUA para o seu segundo longa-metragem, Middle of Nowhere, sobre uma mulher cujo marido foi preso.

Selma, que ela dirigiu e co-escreveu, foi distribuído em 2014 por um estúdio do grande circuito, Paramount. Este filme fala da campanha de Martin Luther King em prol do direito ao voto para os negros norte-americanos. A virada se deu na Sexta-feira Sangrenta, dia 7 de março de 1965, quando policiais e soldados brancos atacaram um grupo de manifestantes em passeata de Selma, no Alabama, até a capital do estado, Montgomery. Duas semanas depois, sob a proteção de soldados federais e da Guarda Nacional, Martin Luther King liderou uma passeata de Selma até Montgomery que acabou contando com 25.000 manifestantes. Ainda no mesmo ano, o Congresso dos EUA aprovou uma lei concedendo direito ao voto. O pai de DuVernay fora criado perto de Selma e assistiu a passeata seguindo diante da fazenda da sua família. Com o relato que fez dos eventos, filmados diretamente do local em que ocorreram, DuVernay se tornou a primeira negra a dirigir um longa-metragem indicado ao Oscar de Melhor Filme.

AGOSTO – TAVI GEVINSON

Tavi Gevinson não teria se destacado na consciência popular antes do surgimento das mídias sociais. Ou melhor, por ser brilhante e articulada e espirituosa e original, provavelmente acabaria se destacando, só não seria aos doze anos de idade. Na era que precedeu as mídias sociais, ela não teria podido ficar em seu quarto na casa dos pais em um subúrbio de Chicago, brincando em seu computador com os arquivos de décadas de campanhas publicitárias e fotografias de passarelas e encartes de revistas de moda. Não teria acumulado o conhecimento profundo da história da moda que colocou em prática no seu blog, Style Rookie, onde posta retratos de si mesma no quintal dos fundos experimentando combinações de roupas que montou a partir de artigos comprados em lojas baratas.

As ideias que tinha sobre moda foram compartilhadas com centenas de milhares de adolescentes e pré-adolescentes e suas mães, e com os conhecedores de moda. Rei Kawakubo colocou-a num avião com destino a Tóquio para a semana de moda da Commes des Garçons. Ela confabulou com Karl Lagerfeld em Paris e teve uma conversa pública com Iris Apfel no Metropolitan Museum of Art em Nova York. Rodou um vídeo para o selo Rodarte. Aos quinze anos de idade, fundou a Rookie, uma revista digital para meninas adolescentes. Aos dezoito, saiu da internet e fez um elogiado papel na peça de Kenneth Lonergan, This Is Our Youth, que estreou em Chicago e passou para a Broadway. Quanto ao que vai acontecer em seguida, fique ligado. Ou logado.

SETEMBRO – SHIRIN NESHAT

Shirin Neshat foi criada no Irã, antes da Revolução Islâmica. No momento em que o aiatolá Khomeini substituiu o Xá, ela já morava nos Estados Unidos, para onde fora mandada pelos pais a fim de estudar. Formou-se pela Universidade da Califórnia em Berkeley, em 1983, e se mudou para Nova York. Quando voltou ao Irã para visitar a família na década de 1990, as mudanças que viu em seu país a afetaram profundamente. Shirin Neshat começou a fazer fotografia, vídeos e filmes sobre mulheres vivendo sob a teocracia islâmica. Ela se considera muçulmana secular. Entre 1993 e 1997, fez uma série de retratos sisudos, conceitualizados, em preto e branco, que chamou de Mulheres de Alá.

Na série, que inclui autorretratos, as modelos usam xador e ficam com rosto, mãos e pés cobertos de textos caligrafados em farsi – trechos de poemas escritos por iranianas sobre a questão do martírio e o papel da mulher na revolução. Uma arma é sempre elemento chave nas imagens. O trabalho que Neshat fez em seguida é menos abertamente político e mais filosófico. Em Rapture (1999), uma videoinstalação com treze minutos de duração em filme de 16mm, uma tela mostrando homens de camisa branca numa fortaleza de pedras é justaposta a outra na qual um grupo de mulheres de véu passeia de maneira misteriosa, lírica e abstrata por uma paisagem desértica, indo em seguida para o mar. O primeiro longa de Neshat, Women Without Men (2009), que se passa em 1953, quando o governo democraticamente eleito do Irã foi derrubado por um golpe apoiado pela CIA, ganhou o Leão de Prata de melhor diretor no Festival de Cinema de Veneza. Em 2015, o Museu Hirshhorn, em Washington DC, montou uma retrospectiva de sua obra, Facing History.

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OUTUBRO – YOKO ONO

Yoko Ono é artista visual, artista conceitual, artista performática, cineasta, música, compositora e ativista política. Também é viúva de John Lennon, com quem trabalhava num estúdio de gravação no dia de sua morte, 8 de dezembro de 1980. A conexão com o marido talvez tenha feito de Yoko Ono a mais conhecida artista de vanguarda viva, embora ela já fosse figura influente muito antes de conhecê-lo, em 1966. Os “eventos” que apresentou em seu loft da rua Chambers em Nova York, logo no início da década de 1960, foram importantes para o desenvolvimento da música, arte e dança experimental. Ono fez sua primeira exposição solo de pinturas e desenhos em 1961, numa galeria dirigida por George Maciunas, fundador do movimento Fluxus. Seu primeiro concerto solo foi realizado no Carnegie Recital Hall em Nova York ainda naquele ano. Em 1964, ela autopublicou Grapefruit, um livro de “instruções” para a implementação ou conceitualização de sua obra, com tiragem de 500 exemplares.

Grapefruit foi expandido e reimpresso várias vezes, e traduzido para algumas línguas estrangeiras. As obras performáticas mais conhecidas de Ono provavelmente são Cut Piece (1964), em que ela se ajoelhou num palco e convidou a plateia a cortar suas roupas com tesouras de alfaiate, e Bed-In for Peace (1969) que ela e Lennon realizaram num hotel em Amsterdã como se fosse uma lua de mel. Após a morte de Lennon, Ono passou a se dedicar cada vez mais à música, integrando uma técnica de improviso e um estilo vocal diferente (berros, grunhidos e sussurros junto com frases melódicas) à música popular. Em 2009, ela e o filho, Sean Lennon, resgataram a Plastic Ono Band, que tinha sido formada originalmente no final da década de 1960. Ono ganhou o Leão de Ouro pelo conjunto da sua obra na Bienal de Veneza naquele ano. Em 2015, uma retrospectiva dos primórdios do seu trabalho, Yoko Ono: One Woman Show, 1960-1971, foi apresentada pelo Museu de Arte Moderna de Nova York. Suas várias atividades filantrópicas incluem a bienal LennonOno Grant for Peace, o suporte a organizações como Anistia Internacional e UNICEF, e o financiamento de escolas em países carentes.

NOVEMBRO – PATTI SMITH

Patti Smith é uma mulher numa missão. Ela já está nessa há mais de quarenta anos, embora tenha havido um hiato em sua vida pública que durou uma década inteira, quando ela se recolheu em Detroit para formar uma família. No início da década de 1970, a missão era salvar o rock&roll da baboseira pop. O êxtase das performances carismáticas e poéticas inspirou toda uma geração de músicos. Ela era figura influente nos clubes de Nova York da época, particularmente no Max’s Kansas City e no CBGB. Seu primeiro álbum, Horses (1975), com a célebre fotografia em preto e branco da capa feita por Robert Mapplethorpe, é um dos discos mais influentes da era do rock.

A imagem de Smith, insolente, com sua camisa branca de homem e gravata fina, um paletó preto jogado sobre o ombro, ainda inspira homens, mulheres e designers de moda. Ela mesma se inspirou em Rimbaud, William Burroughs, Jimi Hendrix, William Blake e um vasto panteão de visionários e românticos – para não falar em Johnny Carson. Há um sucesso na lista dos Quarenta Melhores, Because the Night, em seu terceiro álbum, Easter (1978), mas sua obra emblemática segue mais as linhas de Birdland, um longo poema/canção sobre o filho de Wilhelm Reich esperando, no enterro do pai, que um disco voador o levasse dali. E há também a sua eterna People Have the Power, que se tornou hino de movimentos populistas em alguns países. A paixão, o comprometimento e a total falta de temeridade de Smith foram emprestados à causa de ambientalistas, políticos progressistas, tibetanos, artistas e radicais de várias estirpes. No verão de 2015, numa turnê anual dos festivais de música na Europa, ela eletrizou plateias de milhares de pessoas. Smith se inseriu no Hall da Fama do rock&roll e ganhou o National Book Award por Just Kids (2010), um livro de memórias do relacionamento com Mapplethorpe. Mas sua missão não é embarcar na nostalgia.

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DEZEMBRO – AMY SCHUMER

Amy Schumer atua num extremo do feminismo. E está tão na ponta que aquilo que faz nem sempre é reconhecido como feminismo per se. Faz stand-up comedy e encena quadros cuja assinatura é uma linguagem totalmente desbocada, com piadas e esquetes ligados a sexo – descritos de forma gráfica e, em geral, um tanto grotesca. Chega a uma posição feminista – lugar onde se proclama o valor próprio e se derruba a pose e arrogância masculinas – expondo-se a si mesma de forma tal que seria considerada cruel se outros fizessem aquilo com ela. Um dos episódios mais elogiados de Inside Amy Schumer (, sua premiada série no canal de TV a cabo Comedy Central, é uma paródia do clássico filme Twelve Angry Men (Doze Homens e Uma Sentença). Em Twelve Angry Men Inside Amy Schumer, em que um júri totalmente composto por homens discute acirradamente se Schumer é “suficientemente gostosa” para ter seu próprio programa na televisão, as carências físicas e temperamentais que se percebem nela são dissecadas sem dó nem piedade. Schumer pega piadas que poderiam ficar em aberto e as transforma, no ato, em comentários subversivos e muitíssimo engraçados. Em 2015, sua façanha foi uma comédia de longa metragem, Trainwreck, que ela tanto escreveu quanto estrelou.

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