Teste Honda XL Transalp 700V, por Eliana Malizia

Estava mais que na hora de acelerar  a Honda TransAlp. Conforme pedidos, aqui estão minhas “pequenas e importantes” observações depois de ter acelerado a Honda  TransAlp, no transito da cidade de São Paulo, na estrada e em alguns trechos de terra. Confiram:

No transito da Cidade

O tamanho da moto não condiz com a leveza para pilotar, uma moto imponente e leve, perfeita para acelerar no meio do transito, essa foi a primeira sensação que tive com a Transalp, quando acelerei nos corredores da Avenida 23 de Maio. Apenas o guidão poderia ser um pouco mais estreito, ajudaria um pouco mais para pilotar entre os carros, quanto ao torque para ultrapassagens, ótimo, responde rapidamente.

Outro ponto positivo; com  suspensão de 200 mm de curso na dianteira e 173 mm na traseira, do tipo pró-link, senti bastante conforto quando passei por buracos e lombadas.

O sistema de freios ABS é com acionamento combinado e é opcional. Pilotei a versão com ABS e ganhei uma segurança a mais durante o teste. A embreagem e cambio são macios demais, muito gostosa de pilotar.

 Na estrada

A TransAlp com seus 205 quilos de peso seco, consumiu média de 18km/l, lembrando que a moto que utilizei tinham apenas 500 quilometros rodados. Na estrada que senti de verdade a potência da moto, com 60 cv de potência a 7.750 rpm e torque de 6,12 kgf.m, e motor de dois cilindros em V, ela é bastante ágil  também em ultrapassagens em alta velocidade.

O conforto também  me chamou muito atenção; o banco dela é muito macio, a bolha protege bastante do vento e tudo isso deixou a viagem muito agradável e tranqüila. Sem contar que por ser uma moto bicilíndrica, a vibração foi baixa, perfeita!

Na Terra

Percorri um pequeno trecho de terra com a TransAlp, a moto tem mais características de uma on road que off road, suas rodas raiadas possuem pneus de uso misto, mesmo assim, a moto mandou muito bem na estrada de terra, achei ela forte e rápida em subidas com alguns obstáculos naturais. Senti muita segurança na terra, mas com sua característica do pneu (mista), não indico a moto para o uso em estradas de terra com grandes obstáculos e dificuldades.

Ponto negativo:  O Preço, poderia ter um valor um pouco mais em conta, acredito que o preço coloca sua venda a perder, comparando com as concorrentes que possuem  design mais moderno.

De toda forma; uma ótima motocicleta, aceleramos e gostamos, perfeita para uso em diferentes situações.

Ficha Técnica

Motor OHC, bicilíndrico em “V”, 4 tempos, arrefecido a líquido

Potência máxima 60cv a 7.750rpm

Torque máximo  6,12kgf.m a 6.000rpm

Tipo de chassi Semiberço duplo   Cilindrada 680,2cm³

Sistema de alimentação Injeção Eletrônica PGM-FI

Transmissão  5 velocidades

Suspensão dianteira Garfo telescópico com 200 mm de curso

Suspensão traseira Pro-Link

Freio dianteiro Disco duplo de 256 mm de diâmetro e pinças de duplo pistão (STD) e Disco duplo de 256mm de diâmetro e pinças de três pistões (C-ABS)

Freio traseiro Disco de 240 mm de diâmetro e pinça de pistão único

Pneu dianteiro 100/90 – 19 M/C 57H

Pneu traseiro 130/80R – 17M/C 65H

Peso seco 201kg (STD) 205kg (ABS)

Distância entre-eixos 1512 mm

Altura mínima do solo 182 mm

Altura do assento 837 mm

Cores Laranja metálico e branco

Sistema de partida Elétrica

Capacidade do tanque 17,5 litros

Preço médio R$ 29.990,00 (STD)*  R$ 31.990,00 (ABS)*

Fotos e texto: Eliana Malizia