DUCATI É A GRANDE VENCEDORA DO PRÊMIO MOTO DO ANO 2024 – O maior TESTE do Mundo

Texto e Fotos por TUCA FIGUEIRA 

Marca venceu em duas outras categorias e afirmou que vai entrar no segmento Off Road

Em 13 de dezembro, a revista Duas Rodas, considerada a principal geradora de conteúdo multiplataforma sobre motocicletas no Brasil, além de organizadora do prêmio Moto do Ano e do Festival, anunciou as vencedoras do Prêmio Moto do Ano 2024. A marca que fez os jurados suspirarem mais dessa vez foi a Ducati, vencedora da Melhor Moto do Ano com a Panigale V4 S, que também venceu na SUPERSPORT; e na categoria ADVENTURE, com a Desert X.

A festa foi comandada pelo presidente da revista, Márcio Saldanha, pelo aniversariante do dia, piloto de testes e editor da revista, Leandro Mello e pelo ator, empresário e embaixador da Duas Rodas, Felipe Titto. Entre os presentes, empresários, executivos, profissionais das principais marcas do País, influenciadores do setor e, claro, as Aceleradas.

Marcio Saldanha

No total, 30 motos foram divididas em 10 categorias e avaliadas por 12 jornalistas e influenciadores durante dois dias no autódromo de Capuava. Todas foram lançadas entre outubro de 2022 e novembro de 2023, e analisadas em vários aspectos: motor, freios, suspensão, agilidade, conforto, design e custo-benefício. E neste ano, o prêmio trouxe uma novidade para melhor adequar o crescimento de motos no mercado em diferentes cilindradas: a categoria SPORT ganhou a SUPERSPORT, e a NAKED apresentou a NAKED ATÉ 400 cc. Além disso, Leandro Mello destacou a participação da Suzuki no processo de avaliação. “É muito bacana porque marca também a volta da Suzuki, que estava um tempo sem uma renovação geral. Todas as motos que vimos no prêmio mudaram radicalmente.”

Conheça as vencedoras

A categoria DESTAQUE, criada há 3 anos para premiar um produto que teve importância mercadológica e que surpreendeu a todos os usuários, foi a primeira a ser divulgada. A vencedora foi a Bajaj Dominar 400. Para o presidente da empresa no Brasil, Waldyr Ferreira, o prêmio determina o início de um projeto de longo prazo e tem um sabor especial. “Apesar de ser uma marca muito grande, presente em cerca de 80 países, é uma ilustre desconhecida no mercado brasileiro. Não é fácil tirar um projeto do papel e enfrentar gigantes que estão há 50 anos no mercado fazendo um grande trabalho. Ano que vem, temos bastantes lançamentos. Uma fábrica nova da Bajaj que em breve ficará pronta”.

Já na TOURING, que preza pelo conforto, com modelos que permitem horas e horas de pilotagem, a vencedora foi a Honda GL 1800 Gold Wing Tour. Para a jornalista e jurada do prêmio, Karina Simões, a moto é o ápice da tecnologia. “Tem até ré. O tamanho assusta, mas na hora que está em movimento, parece uma scooter de tão confortável”. (E cá entre nós, é um dos sonhos de consumo dessa colunista que vos escreve…)

Odair Dedicação, gerente de Marketing da Honda Brasil, recebeu o prêmio em nome da Honda. E voltou ao palco para receber mais um. Desta vez, na NAKED ATÉ 400, com a Honda CB 300F Twister. “[Esse reconhecimento] é superimportante. Essa é uma categoria muito disputada. A nossa Twister passou por processo de renovação. É uma moto feita pelos designers do Brasil. É gratificante receber esse prêmio em seu primeiro ano de mercado”, afirmou.

Na categoria NAKED, a aposta de todos foi confirmada. A Triumph Street Triple 765 RS levou o prêmio e ainda elogios da piloto de teste e influenciadora, Vans Faria. “[A Street Triple 765 RS] é um sonho para mim. Falo sempre que quero ter uma”. Vans entregou o troféu para David Borges, CEO da companhia. “Essa moto é muito especial para gente. Coroa um período muito legal da Triumph. Estamos entrando no mercado com uma nova moto, a T400, de 400 cilindradas, e o nosso plano para o ano que vem, que dá muito orgulho, é dobrar a produção.”

Leandro Mello ressaltou a evolução que tiveram todas as marcas competidoras da categoria STREET e ainda destacou o projeto Yamaha R15 bLU cRU Latin America, que oferece a jovens de 9 a 15 anos suporte sólido para trilhar uma profissão no motorsport. “Parabéns para Yamaha por construir, junto com Honda, uma base de motociclismo que proporciona competições no exterior”, afirmou.

A Yamaha venceu a categoria com a YZF R15-ABS. Helio Ninomiya, diretor de Marketing, de Produtos e de Planejamento da marca, recebeu o troféu e ressaltou que a moto é um modelo especial. “Traz muita tecnologia ao segmento de baixa cilindrada, com refrigeração líquida, embreagem deslizante, freios ABS. Isso tudo com um pacote abaixo de 20 mil reais”.

Já entre as SCOOTERs, a vencedora foi a BMW C 400 X, que celebra a volta da marca a esse mercado após inventar o modelo de média cilindrada. Márcio Cesena, gerente sênior de Desenvolvimento de Rede e Suporte Técnico ressaltou a complexidade para trazer a moto ao Brasil. “Foi um projeto desafiador especialmente por ser produzida em Manaus. Mas foi também muito gostoso. Estamos acostumados com GS, com RR, [somos] líderes de mercado em alguns desses modelos, e vamos trabalhar no scooter, que já é um segmento muito consolidado no Brasil.”

Na categoria TRAIL, a vencedora foi a Royal Enfield Scram 411. Cláudio Giusti, diretor geral da Royal Enfield do Brasil, reafirmou seu compromisso em trazer mais modelos. “Estamos há 7 anos aqui, 35 mil motos vendidas e vamos trazer muitas novidades. Vamos trazer uma moto a cada 3 meses. Estou muito feliz, a Scram 411 é uma releitura da Himalayan. É uma moto mista que vem ganhando muitos apaixonados”, afirmou.

A Harley-Davidson competiu com ela mesma na categoria CLASSIC & CUSTOM. O troféu foi para a Harley-Davidson Sportster S, que impressionou Leandro Mello com sua potência. O modelo traz o novo motor Revolution X, o mesmo da Pan America. “Nunca imaginei que ficaria tão surpreso. Faz de 0 a 100 em 3 segundos e poucos. É uma moto que precisa ser domada – é pancada”. Segundo Christian Zittlau, gerente de Comunicação da marca, é “uma moto fantástica, que veio para quebrar paradigmas e apontar a H-D na direção do futuro”.

Na categoria de entrada para quem gosta de se divertir, a SPORT, quem levou o troféu foi a Kawasaki Ninja ZX-4R, que, segundo Leandro Mello, deixou todos os jurados encantados. A dama verde da Kawasaki, Sônia Harue Ando, gerente Comercial, desta vez vestiu um ” pretinho elegante” e  recebeu o prêmio. “Todos os produtos lançados são excepcionais. Estamos muito felizes com a ZX-4R,” afirmou.

As duas últimas categorias, ADVENTURE e SUPERSPORT, foram conquistadas pela Ducati, como adiantamos. Leandro Mello afirmou que a Ducati Desert X consegue trazer essência da aventura, mas com muito conforto e destacou o trabalho feito no balanceamento do motor. Já sobre a Ducati Panigale V4 S, Mello ressaltou a similaridade de algumas marchas com as de

Superbike, com mais progressividade e facilidade da condução. “Isso sem contar as asas, que aumentaram em 17 quilos de downforce em alta velocidade, sendo uma das motos mais rápidas no mundo.”

Depois de ter subido duas vezes ao palco, Daniel Paixão, presidente da Ducati no Brasil, e declaradamente aficionado por aventura, foi receber o prêmio de Moto do ano 2024. “Fizemos um esforço enorme para fazer a apresentação dela este ano”. Paixão também reiterou que a companhia vai entrar na categoria Off Road e agradeceu toda a sua equipe, que estava presente no evento.

Spoilers: presente da Duas Rodas para quem ama o segmento

Durante o evento, Márcio Saldanha deixou escapar que o ano de 2024 promete ser especial para a Duas Rodas. A revista fará 50 anos e pretende comemorar em grande estilo. Então podemos esperar um Festival INTERLAGOS especial, com lançamento de vários produtos, como documentário e livro de comemoração, além de muita festa. Saldanha ressaltou ainda que em seus 30 anos de empresa muita coisa mudou, claro, mas que a grande virada da revista foi em 2017, quando focou em plataformas digitais e eventos de experiência. “Estamos exportando o Festival Duas Rodas. Vamos lançar o projeto em fevereiro de 2024 para ser realizado em abril de 2025, em Cascais. Nenhum outro lugar do mundo tem um evento tão completo. É um formato único”, destacou.

Como Acelerada e apaixonada pelo motociclismo, digo que foi uma noite perfeita. Mas algo a pensar para as próximas edições: tivemos apenas duas mulheres como juradas e somente uma participando da entrega dos prêmios. Nos próximos, queremos ver mais ACELERADAS por lá!  Fica a dica. Tuca Figueira – Colunista – Motociclista – Executiva e Assessora de Imprensa Movimento Aceleradas.