Eliana Malizia usa Capacete MT, Calça HLX, Jaqueta Shox, Luvas e Botas Alpinestar
E lá fui eu acelerar a Brutale com seus 158 cv de potência. Forte também no design ; projeto do conceituado italiano Massimo Tamburini . O detalhe do quadro de treliça, onde está escrito “soldato a mano”, desperta perguntas aos curiosos, mas a resposta é simples, quer dizer que foi soldado à mão, um detalhe, um capricho que chama atenção.
Para quem olha a moto de longe, pensa que não existe o banco do garupa, pois o banco inteiriço imita um cockpit ( usado em competições), por ter cores diferentes.
O painel também mudou, o conta- giros fica à esquerda e dentro dele um visor de LCD que indica a temperatura do motor e a marcha engrenada. Já do lado direito, outro mostrador de cristal líquido traz o cronômetro , os acessos aos controles de tração e modos de potência.
–
O monobraço do lado esquerdo foi desenhado com liga de alumínio. As bengalas da suspensão dianteira são invertidas, da grife italiana Marzocchi e o amortecedor traseiro é da alemã Sachs e ambas são reguláveis.
Antes a Brutale contava com um tanque de 19 litros, agora são 23 litros e mais, as entradas de ar nas quinas frontais do tanque agora são duas, dispostas verticalmente.
–
Enchi o tanque da bella e fui rodar
Depois de apreciar cada detalhe, subi na moto e de cara, me encaixei perfeitamente, digo que a moto vestiu muito bem para os meus 1,70m de altura. Imagino que para os motociclistas altos, as pernas fiquem bastante flexionadas e talvez seja um pouco incomodo no primeiro instante. Sobra espaço no banco e optei em me posicionar com o peito mais à frente e o quadril para trás, me deixando em uma posição bem esportiva.
–
Liguei a moto e engatei a primeira marcha e a surpresa, o som é algo de arrepiar, típico de uma moto de competição, ruído que para mim é bastante instigante. Sem contar no meio do transito entre os carros, o som é um alerta e de longe os carros já abrem passagem. A força da mola do punho do acelerador é pesado, exige mais força nas mãos, mas não me atrapalhou e logo me acostumei com a “pegada mais forte”.
–
No semáforo, diversão garantida aos que gostam de adrenalina; a cada saída a roda dianteira teimava em abandonar o chão. Confesso que adorei!
Detalhes que estranhei; os botões da buzina e dos piscas são invertidos, então na hora de usar , me atrapalhei um pouco, mas apenas no inicio. Os modos de potência é feito através do botão de partida, outro detalhe que achei diferente, mas claro, uma questão de hábito, com o tempo tudo fica fácil.
–
Tem muito mais…
O motor desenvolve 144 cv a 10 300 rpm e torque de 11,2 mkgf a 8 100 rpm. Fiquei impressionada com o torque, cada mudança de marcha a moto parecia querer empinar , difícil desacelerar, pois o motor pede velocidade, então é preciso muito cuidado e sensatez para não abusar, isso deixamos para o lugar apropriado, na pista.
–
Os freios Brembo Monobloc dão bastante segurança e faz toda diferença, um leve toque e ele entra rapidamente em ação e levantar a roda traseira é fácil, a não ser que você opte em deixar no modo normal do ABS. São dois discos flutuantes de 310 mm na dianteira, mordidos por pinças radiais de quarto pistões, e um disco de 210 mm na traseira.
–
Nas curvas mais sinuosas e mudanças rápidas de direção, a Brutale responde perfeitamente, alias, famosa por sua agilidade. Mas claro o piloto tem que ajudar e ter experiência para que a curva ela responda perfeitamente, fazer o uso do contra esterço ajudará muito.
–
Se você quer mais exclusividade, ter uma moto bruta, moderna e com ronco de atrair olhares por onde passa, sim, essa é a moto perfeita para você e agora com valor mais “acessível”.
–
Preço hoje ( 11/2014) R$64.000,00
Ficha Técnica
Motor
4 cilindros em linha / 16 válvulas radiais dOhc / 1 078 cc / refrigeração a água e radiador de óleo
Alimentação: injeção eletrônica
Ignição: eletrônica
Partida: elétrica
Diâmetro x curso (mm): 79 x 55
Taxa de compressão: 13:1
Potência (cv a rpm): 144 a 10 300
Torque (mkgf a rpm): 11,2 a 8 100
–
Câmbio
6 marchas com transmissão final por corrente
–
Chassi
Quadro: treliça tubular de aço combinado com liga de alumínio
–
Suspensão
Dianteira: invertida Marzocchi com barras de 50 mm, 125 mm de curso e totalmente ajustável
Traseira: um amortecedor sachs a gás com 120mm de curso e totalmente ajustável
–
Freios
Dianteiro: disco duplo flutuante de 310 mm com pinça radial de quatro pistões
Traseiro: disco simples flutuante de 210 mm com pinça de quatro pistões
–
Pneus
Dianteiro: 120/70-17
Traseiro: 190/55-17
–
Dimensões
comprimento (cm) 204,5
Altura/largura (cm) n/d / 77,5
entre-eixos (cm) 143
peso a seco (kg) 183
vão-livre (cm) 14
Altura do assento (cm) 82,5
tanque (l) 23
Desempenho
0-100 km/h (s) 3,4
0-200 km/h (s) n/d
0-1 000 m (s / km/h) n/d / n/d
de 40 a 70 km/h em 3ª (s) 2,4
de 60 a 90 km/h em 4ª (s) 2,1
de 80 a 110 km/h em 5ª (s) 2,8
de 100 a 130 km/h em 6ª (s) 3,1
–
consumo esportivo (km/l) 10,3
consumo econômico (km/l) 13,3
velocidade máxima ( em pistas de testes) 265km/h