Teste Kawasaki Z800, elegante e com “cara” de mau

Aí está um modelo de moto que depois do teste, não dá vontade de devolver. Testei a Kawasaki Z800 em ruas movimentadas de São Paulo e nas estradas de Minas Gerais. Leia sobre o que achei do modelo…

Na rua: primeiramente; estranhei o tanque “gordo”entre as pernas,  o pequeno ângulo de esterço e também os seus 231Kg. O peso elevado se deve principalmente ao quadro de aço, 10 kg mais pesada do que sua irmã maior a Z 1000 (221 kg com ABS), tive que tomar bastante cuidado para manobrar entre os carros em baixa velocidade. Mas toda essa estranheza logo passou, em poucos minutos estava eu totalmente habilidosa com o modelo e gostei muito do conforto ao passar nos inevitáveis buracos. O que me chamou atenção que não senti falta de torque em baixas rotações, achei ela muito gostosa e fácil de pilotar mesmo em baixa. Já na estrada, pode-se rodar tranquilamente à 120 km/h a 6.000 giros na última marcha do câmbio de seis velocidades e curtir o som  agradável do motor de quatro cilindros em altos giros. O motor grita e é bravo!

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Pra quem não sabe, a Z800 tem o  motor derivado da Z750, mas com a capacidade cúbica aumentada para 806 cm3. Para obter mais rendimento do motor, a Kawasaki aumentou o diâmetro dos pistões de 68,4 mm para 71,0 mm, mantendo o curso em 50,9 mm.  São 113 cavalos de potência máxima, sete a mais que na antiga Z750. Com a maior capacidade cúbica, o propulsor de quatro cilindros em linha, duplo comando de válvulas no cabeçote e quatro válvulas por cilindro com refrigeração líquida, ganhou claro,  mais potência e torque. Na estrada senti a diferença, o motor sobe de giro muito rapidamente, em menos de 5 segundos, o visor mostrou 100 km/h, adorei! E não esta ai apenas a diferença da Z800 para Z750, o visual é bem mais moderno e agressivo, novas suspensões e freios, tanque maior ,   quilos a mais e tanque de 17 litros, já na Z750 eram 18,5 litros.

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Design agressivo

Acho a Z800 com cara de mau, e essa característica a deixa mais atraente. Grande, visualmente aparenta ser uma Naked de 1000cc, a lanterna na rabeta que acende em forma de dois “Z” deixa a moto muito elegante.  Acho lindo o escapamento, parecido com o da Z1000, também faz a Z800 parecer maior. Se for apontar uma critica, não gosto do revestimento do banco com estampa em letra “Z”!

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Freios e suspensões

Com novos garfos telescópicos invertidos de 41 mm da Kayaba na dianteira, não são totalmente ajustáveis; possível apenas regular a précarga da mola, assim como o monoamortecedor na balança traseira. Como mencionei logo no inicio do texto, muito confortável pilotar a Z800 e não se sente os buracos nas ruas, a suspensão funciona muito bem!

Os freios;  os dois discos dianteiros, com 10 mm de diâmetro a mais que a Z750 (310 mm), e pinça dupla com quatro pistões  são sensíveis, a frente afunda com facilidade. Na traseira, há um disco simples de 250 mm, também em formato margarida, mas com pinça de pistão simples.

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Garupa

Dificilmente fico contente com o conforto da garupa. Nesse quesito a Z800 ficou muito à desejar. Se aguentar muito tempo na garupa, você passou no teste de resistência. Pois testei a garupa e não aguentei por muito tempo, banco muito pequeno e nada macio.

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Consumo/Autonomia

Teve variação  entre 16 e 17 km/l, de acordo com o computador de bordo, que  é item de série no  painel digital.  A autonomia com seu tanque de 17 litros, foram média de 280km.

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O que faltou na Z800?

Um amortecedor no guidão, que é de fácil solução,pois é possível instalar a parte. ( Marca OHLINS). De toda forma, depois de duas semanas pilotando a Z800, me adaptei tão bem com ela,  que minha vontade foi não devolve-la mais….

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Preço

R$ 36.390,00
Com ABS    R$ 39.390,00

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Ficha Técnica

 Na estrada