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Esporte e Ação

VIAGEM DE MOTO – EASY RIDER SULAMERICA 2 – PARTE 2

Antes de começar a falar do dia de hoje, preciso agradecer a São Pedro pelo dia sem chuva de ontem, afinal eu fui um motociclista consciente e merecíamos um dia de sol para tirar o bolor do corpo. O problema agora foi a estrada, muitas das rodovias que pegamos estavam com o pavimento irregular e isso fez a NC quicar demais…

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Texto: Arnaldo Bianco Filho

Fotos: Arnaldo Bianco Filho e Wilson Felix da Silva

Dia 5 – Um dia de marasmo e canseira

Nem tudo em uma viagem de moto é adrenalina e aventura, muitas vezes o dia pode se tornar entediante e cansativo, então melhor falar de outra coisa.

Antes de começar a falar do dia de hoje, preciso agradecer a São Pedro pelo dia sem chuva de ontem, afinal eu fui um motociclista consciente e merecíamos um dia de sol para tirar o bolor do corpo. O problema agora foi a estrada, muitas das rodovias que pegamos estavam com o pavimento irregular e isso fez a NC quicar demais. A suspensão da NC 750X absorve bem as irregularidades, mas até um ponto depois disso toda reação da suspensão é refletida no banco e no guidão, esse último chega a dar choque na palma da mão dependendo do obstáculo que a roda dianteira pega.

Outro fator que está provocando desconforto é o banco, está certo que a engenharia da Honda não projetou essa moto para viagens longas e para se passar muitas horas sendo pilotada – estou pilotando essa moto entre oito e dez horas a quatro dias, e ainda faltam cerca de dezesseis dias para terminar. Não sei se é a largura do banco, quantidade ou densidade da espuma aplicada no banco ou mesmo o material da capa, o que sei é que estou com hematomas feios e doloridos na região interna das coxas. Hoje só consegui pilotar porque estou aplicando pomadas para aliviar a sensibilidade da pele.

Por outro lado a NC tem tudo para ser uma moto para viagens, é econômica, estável e com torque suficiente para enfrentar qualquer estrada sem a menor cerimônia, afinal ela acompanhou duas GS 1200 até agora sem exigir muito de mim. Já no asfalto liso como pegamos em várias partes da rota ela se demonstrou sempre na mão, mesmo com a pista molhada. A NC 750X só não é melhor ou não é uma estradeira de verdade por dois motivos, um o minúsculo tanque de combustível com capacidade de 12,6 litros e sua boca embaixo do banco do carona, então imagina parar a cada 250 ou 280 km soltar as bagagens que estão amarradas no banco levantar o assento depois amarrar tudo e sair para estrada de novo durante doze mil quilômetros? Se a engenharia da Honda conseguisse colocar três litros a mais no tanque ajudaria muito.

As médias de consumo da NC são boas, desde a saída de Campinas eu venho acompanhando o quando ela consome. A média geral está em 26 km/l, sendo a melhor média 31 km/l e a pior 21 km/h. Outra coisa que eu percebi, quando eu acabava de abastecer já saia para estrada acelerando, o consumo caia muito e não tem jeito de melhorar, agora se eu saia devagar e subindo a velocidade gradativamente a média subia se estabilizava, ainda estou testando essa teoria.

Eu sei que após de três mil rodados a NC tem se mostrado uma moto confiável e confortável para vários usos, mas uma viagem ao Ushuaia não é para qualquer moto, tem que ser durona!

Dia 6

Bem vido a Ruta 40!

Se você já pensou em realizar um sonho, mesmo que os outros acharem você louco, insano ou desajustado, vá em frente pois a realização vai compensar todas as oposições.

 

Antes de começar nosso relato, quero pedir desculpas a você leitor e leitora pelos atrasos na atualização das matérias, mas não deixaremos você sem saber como vai o dia a dia dos aventureiros.

Bem, depois de se hospedar em Villa Maria, no hotel Milenium, de propriedade do Carlos, um conhecido nosso do projeto Atacama, ele nos deu instruções para melhorar nossa descida para Ushuaia e ainda deixou uma Heineken paga no hotel, tá vendo como motociclista é cara gente boa?

Com uma boa quilometragem pela frente precisamos passar por vários Pueblos antes de começar a descer a RN 17 para Mendoza onde iriamos pernoitar para finalmente pegar a Mítica e Mística Ruta 40, no total seriam nada menos que 615 km, mas antes fomos conhecer Rio Cuarto, eu já disse que não nós perdemos nas cidades só vamos verificar o transito local! A única preocupação em Rio Cuarto são os motorista que tratam motociclista como um tipo de peste, e se você der bobeira eles jogam o carro em cima mesmo. Esse fato deve ser pelo número enorme de scooters e motos de baixa cilindrada que rodam por todos os lados sem respeitar nada.

O abastecimento em Rio Cuarto me deixou preocupado, pois pelo que eu lembrava  não havia nenhum posto de serviço nos próximos 300 km, será que a NC chegaria? Então para evitar problemas tentei manter uma média de velocidade baixa, sacrificando meus companheiros com as GSs, mas felizmente uns 100 quilômetros antes de Mendoza uma estação de serviço apareceu para meu delírio e alegria, e melhor ainda estava cheio de motoqueiros selvagens saindo para estrada aproveitando o feriado prolongado que estava por vir. Um papo rápido com a galera, sacadas algumas fotos e alguns cartões do site distribuídos a gangue caiu na estrada.

A NC  foi abastecida novamente – esse tanque de scooter tá me tirando a paciência –  e era hora de achar um local para esticar o que sobrou do corpo, porque meus hematomas estavam incomodando muito, tanto que tive que pedir para o Wilson e o Daniel pararem quinze minutos ou eu cometeria um erro de pilotagem devido a falta de concentração por causa da dor. E como na maioria dos dias chegamos a região de Mendoza e fomos procurar a habitacion, achamos um Hotel/Hostal ajeitado e por lá paramos.

No dia seguinte pela manhã o dia amanheceu chuvoso e frio, mas eu decidi não usar a roupa de chuva, era um risco, mas andar de moto é um risco, e a sorte estava do meu lado o tempo deu uma firmada. Mal sabia eu o que iria enfrentar no caminho para San Rafael – já conto isso. Antes tenho que falar da emoção de pegar a Ruta 40, nenhuma!! A Ruta 40 na altura de Mendoza é cheia e sem graça e ainda corta a região metropolitana passando por povoados com trânsito caótico, e pior ainda troca de número. Lembra que eu saí sem capa de chuva? Pois é, quando passamos por esse povoado eu estava com a capa e abriu sol, vou falar viu andar de moto é uma beleza!

Com sol alto e quente, parei tirei a capa e aproveitei para pegar a máquina fotográfica, mais pra frente parou o Daniel e mais para frente o Wilson, só que no ponto de taxi, num pode né disse seu fiscal de trânsito, e enquanto o Wilson achava um lugar para estacionar a moto eu passava voado achando que os dois estavam lá na frente. Gravei um pouco da confusão viária do local e deitei o cabelo assim que a cidade acabou. Como a NC não é párea para as duas BMWs eu andei forte achando que os motociclistas estavam na frente, mas na verdade estavam atrás e iam me esperar.

Olha eu acelerei a NC e o consumo caindo, mas eu não podia atrasar mais o projeto e com adrenalina no corpo nem percebi que estava subindo, o tempo começou a fechar e ficar frio e com garoa, eram só 180 km até San Rafael, eu aguento sem parar pensei eu, como se pensa besteira com adrenalina na cabeça. Chegou a ficar tão frio que comecei a pensar no dia que atravessamos a Cordilheira no Passo de Jama, um dia para não esquecer, que era para eu não repetir a bobeira, e eu estava fazendo a mesma coisa agora, só sei que a vontade de sair daquela situação era tão grande que eu já não pensava direito, a estrada tinha outro número e não tinha uma viva alma por quilômetros para eu perguntar, cheguei a mentalizar a rota várias vezes para ver se eu não havia passado por alguma entrada e a perdido devido a confusão mental.

Só fui acalmar um pouco quando vi uma placa escrito San Rafael faltando uns 30 km para a cidade, e também porque como não tinha encontrado com eles na estrada sabia que iam parar no primeiro posto da entrada, e para ajudar a cidade é no pé do morro e o tempo abriu de vez e ficou quente, muito quente. Até deu para fazer uma filmagem da entrada da cidade. Cheguei no posto e nada, dei uma volta pelas redondezas e nada, a preocupação voltou, então o jeito foi parar no posto e tentar uma comunicação via WiFi, esse troço funciona legal, e ao conectar havia uma mensagem do Wilson, “estamos indo para San Rafael”, eu pensei nossa ou eu acelerei tanto que pulei o tempo ou estou na cidade errada! Juro fui perguntar para um funcionário do posto qual era aquela cidade, ele olhou para mim e deve ter pensado, eita brasileiro perdido e desorientado.

Só sei que no vai e vem eu acabei achando a saída para a Ruta 40 de novo e ainda conhecemos o Diego, carioca sangue bom que nos levou ao banco para sacarmos plata, ele vive em San Rafael há quatro anos e fala tudo enrolado, até tirou foto com a gente. Tudo resolvido fomos para Ruta 40 –  esse trem é comprido – a pista cheia e dupla de Mendoza virou uma pista simples e vazia, quase morta, tanto que em certa altura atravessei a moto no meio da estrada e ficamos lá sacando fotos – coloquei até no meu perfil do face, Estava tudo indo bem tudo calmo até, encontrarmos um desvio, mas não um desvio qualquer, e sim um com o temido Rípio, um tipo de solo cheio de pedras soltas e roliças que lembram os seixos rolados – acho que já falei sobre isso em algum lugar – que é conhecido por derrubar os mais experientes motociclistas.

Como não havia jeito, a coisa era enfrentar esse “cara” e ver o que ia acontecer. Lá fui eu resgatar os tempos de trilha de Agrale 16.5 e 27.5, acho que não ia ajudar muito mas era o único arquivo que eu tinha para o momento, e não é que me sai bem ou a NC , sei lá só sei que passamos de boa, com asfalto pela frente era só uma questão de acelerar, quando novo desvio agora em terra batida, pensei fácil, é ficar de pé e tocer o cabo, e torci mesmo cheguei a andar a 110 km/h de boa e a NC na mão, andei tão rápido que deu tempo de parar e tirar umas fotos enquanto o outros dois aventureiros chegavam.

Dessa vez estou tirando tanta foto e fazendo tanto vídeo que nem sei como consigo pilotar? Mais uma acelerada e deixei os dois para trás de novo, ai se minha esposa sabe disso! Foi quando fui parado por um trabalhador, ele estava sinalizando para eu trocar de pista – pista? A coisa era só terra! – então fiquei esperando o Wilson e o Daniel chegarem para dar a boa notícia, a Ruta 40 estava em obras por nada menos que 80 km sendo que 79 só de Rípio – tudo bem um pouco menos 70 – e com as horas avançando onde iriamos dormir? Eu ria sozinho, afinal eu me preparei mentalmente um ano para aquela situação e não para um asfalto perfeito, você conhece a expressão: mais feliz que pintinho no lixo? Era assim que eu estava, e fique mais feliz quando o Wilson falou – Bem vindo a Ruta 40!

Sem perder tempo fomos desbravar o Rípio, agora para valer, e tinha lugar ruim, e como não poderia deixar de ser fui batizado, não, eu não tomei um chão e nem comprei terreno na Argentina, em compensação tomei uma pedrada no dedão que doeu e doeu, mais doeu e ficou roxo. Fora isso umas sambadas e algumas pedaladas para ficar em cima da moto. Olha, o comportamento da NC foi excepcional! Demoramos algumas centenas de horas para cobrir esse trecho e ficamos acabados, e o pior já era noite e estávamos no meio do nada. A única opção que tínhamos era achar um pouso em um lugar chamado Barrancas, e foi lá que entramos sem pensar, e não é que paramos em frente, paramos não, se jogamos em frente a um mercadinho que tinha umas habitaciones para aquilar! O lugar era simples mas o Erwin e sua esposa Vivy, mas se fala Biby, foram super hospitaleiros e não pouparam esforços para nos acomodar. Eles estão montando uma pousada por isso não se assustem com as fotos, dentro está arrumadinho.

Bem eu sei que já falei demais, mas não posso acabar sem contar do nosso jantar. Pensa num situação a la Quentin Tarantino, um boteco numa rua escura com dois latinos tomando cerveja e outros dois entrando atrás da gente com um saco de lixo preto com um volume estranho dentro, não acredita? Pode confirmar com o Wilson e o Daniel e ainda os caras jogaram a encomenda no balcão do boteco e se mandaram, eu já estava pensando que iria entra um matador pela porta e dar fim nas nossas cansadas carcaças, ainda mais porque eu havia falado para o Erwin que queria cambiar uns dólares por pesos, vai ser ingênuo assim lá nos cafundó da Argentina!! Para concluir não aconteceu nada disso e ainda comemos uma massa super saborosa e tomas cerveja de Los Andes, além de bater um bom papo durante o jantar. E como eu disse pro Daniel, isso só acontece com quem viaja de moto, frase de minha autoria, até amanhã.

 

Dia 7 – Quando tudo parece dar errado acaba mais do que certo!

Você tem medo de viajar de moto pelo fato que há inúmeros obstáculos? Medo de se perder e ficar pela estrada sem socorro? Se perder e ir parar num lugar desconhecido? Nós do Easy Rider Sulamerica não!

 

Logo pela manhã deixamos Barrancas e caímos na Ruta 40 pensando em cruzar a Cordilheira na altura de Zapala, pelo passo Pino Hachado – ou pino rachado mesmo com apelidamos, só que antes precisávamos derreter o asfalto até Las Lajas – aqui se fala Las Lascas, vai entender! – seriam cerca de 330 km, nada demais, calculamos a distância para não ocorrer uma pane seca com a NC, foi um dos dias que tinha pra dar tudo certo, saímos na hora, o asfalto daquela parte da Ruta estava um tapete, o clima ameno logo pela manhã, estimávamos cobrir até uma quilometragem maior que a prevista, ai que raiva!!!

Perto dos 270 km rodados a NC sentiu fome, como estávamos próximos a Punta Ranquil entramos na cidade para abastecer em um dos dois únicos postos que tem na cidade de vinte mil habitantes, pergunta se o dono do posto dá risada sozinho. E pelas indicações teríamos chegado em um horário bom, não teria fila para abastecer – cola na terra hermana – ótimo pensamos, andamos um pouco e vimos o posto e fomos encostando, o frentista olhou para os três espertões e disse para pegar a fila, a fila que dobrava a quadra! O Wilson não se conformou e foi procurar o outro posto, voltou cabisbaixo, disse que não tinha Nafta e iria levar perto de uma hora para começar a abastecer, elas por elas ficamos na cola.

Demorou uma hora ou mais para poder carregar full as motos, aí já estávamos atrasados mesmo, novidade, fomos tomar café, entrar no WiFi, pra depois sair para cruzar o paso pino rachado. Lembra aquele clima ameno da manhã? O dia esquentou de pingar dentro das roupas Riffel – depois vou falar melhor delas. Quando estávamos chegando em Las Lajas a NC pediu Nafta de novo, acho que essa moto está viciada, quem disse que é só por álcool que se vicia? Entramos na cidade de primeiro, porque se engatar segunda passa batido, e fomos para o único posto que atendia meia Argentina, e adivinha? Uma cola!

Nem sei quanto tempo se passou até abastecermos, eu já nem ligava mais, quando o dia começa assim melhor esquecer, esquecer o que, se nem tínhamos chegado perto da porta do “pau torto” que iria nos levar para a República de Chile. Mas tudo bem. Quanto mais se reclama mais se atrai coisas ruins, não atrai? Então deixa eu te contar, as motos com tanques cheios, nem sei qual dos dois foi pegar um café, eu estava de estômago virado com tanto azar e nem quis, fomos conversar com um casal chileno, Oscar e Mirian, que estavam com uma Yamaha TDM, conversa vai, conversa vem, eles perguntaram, estão indo para Chile? Com a resposta positiva, veio a outra pergunta, vai sentindo, vocês têm dinheiro para entrar no Chile? É que tem um pedágio no túnel que liga as duas Republicas e custa a fortuna de duzentos pesos por moto, em reais deve ser algo como um real ou menos.

E agora pensamos, onde arruma tal quantia num domingo a tarde? E não é que o Oscar enfiou a mão na carteira e tirou mil pesos chilenos e nos deu!! Ele deu, não cambiou e ainda desejou boa viagem. Ai eu falei minha celebre frase para o Daniel, “isso só acontece com quem viaja de moto!” Pensei, nossa sorte começou a mudar e todos felizes só pensávamos em ver a beleza do Paso Pino Hachado – viu até meu humor mudou! Só que enquanto estávamos lá acabamos conversando separados com outros motociclistas, ai virou um telefone sem fio qual caminho para o “pinheiro seco”. Eu falei que deveríamos sair para a izquerda do posto eles para direcha, ganharam eles e ainda tinham o GPS do lado deles, então saída para direcha. E lá fomos nós cortar o tal pinus para fazer uma árvore de natal.

Andamos e andamos e chegamos em Zapala, ai para variar fomos conhecer um pouco da cidade, já falei, é reconhecimento e não perdido, vai, vira, volta e achamos uma cola para nafta, esses caras adoram uma fila no domingo, e fomos tentar achar o caminho para a tal passagem que me recuso a pronunciar o nome de novo! O gringo falou e não entendemos nada, só sei que voltamos para entrada da cidade, e eu teimando que era para o outro lado, mas quem sou eu para discutir com o Wilson que já tem tantas viagens nas costas ou no traseiro, que eu tenho que nascer de novo para chegar perto e como falei ele detém a tecnologia também. Mesmo assim voltamos um pouco, paramos e decidimos deixar o GPS fazer o papel dele.

Voltamos para Zapala, pegamos unas duas rotundas e continuamos na Ruta 40 sei lá para que direção o importante era passar logo nesse lugar e esquecer essa passagem para sempre! E segue nessa Ruta 40, que estrada comprida,  comprida que cansa de acelerar e se não fosse só isso ainda a secura, não deve chover aqui há uns  cem anos, e para fechar com chave de ouro um vento de derrubar árvores. Vai ver que é por isso que não tem nenhuma nesse terreno.  Lá pelas tantas bateu uma rajada que trouxe mais areia e um galho ou sei lá o que era que bateu na moto do Wilson e depois veio para cima de mim, não sei exatamente o que era porque fechei os olhos esperando a porrada e o chão, por sorte foi só na mão, mas doeu! Não aconteceu nada, embora acelerar, falta muito para Ushuaia.

Depois de andar mais de um milhão de quilômetros na Ruta 40, não é que a NC começou a querer se drogar de novo? Essa moto é boa, mas a autonomia é de matar! O problema não era nem esse, e sim que estávamos no meio do nada e sem referências nenhuma. Nas melhores das perspectivas eu teria que empurrar a moto nos próximos 60 km. Reduzimos  a velocidade para tentar minimizar nossa, minha penúria e não é que apareceu um posto policial para apaziguar a situação! O oficial do posto disse que havia um posto de serviço há quinze quilômetros e que era tudo bajada até o posto, pensa que saímos doidos atrás da nafta? Não, antes perguntamos o caminho da passagem, e adivinha, tínhamos que voltar para Las Lajas, não chega dessa história!! Fomos para o posto e de lá para o hotel, lá descobrimos que havia outra passagem, passo Tromém, desculpe estamos agora em San Martin de Los Andes, e a passagem estava apenas há noventa quilômetros do hotel.

Bem, esse dia foi mais um daqueles que quando se pensa que está errado e vai acabar errado a coisa muda totalmente, assim como o clima da montanha e acaba muito melhor!

 

 

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